"O glioma tem quatro estágios. O primeiro é relativamente fácil de remover, é benigno. O segundo é um pouco mais problemático. O quarto estágio é o mais agressivo. Uma pessoa tem expectativa de vida de 12 a 15 meses", explica.
"Esses métodos melhoram a condição do paciente, mas não o curam. As células tumorais permanecem e começam a se dividir, o tumor cresce novamente", continua Pavlova.
"Tivemos a ideia de que deveríamos olhar o problema de um ângulo diferente. Tivemos a ideia de não matar as células tumorais", diz.
"E aí [as células tumorais] vão parar de se dividir sozinhas. O maior problema é o crescimento do tumor. Se a divisão delas puder ser interrompida, o tumor vai parar", revela.
"E desenvolvemos uma abordagem que pode diferenciar não apenas células tumorais, mas também células-tronco tumorais de glioma", enfatiza. "Com aptâmeros e moléculas pequenas causamos a morte das células por apoptose, o que é muito pouco traumático para o ser humano porque é um processo natural de morte, ou seja, as células sobreviventes se diferenciam até o estado maduro", explica.
"Esse campo de pesquisa está se mostrando universal. Isso é ótimo, porque a medicina personalizada é sempre mais difícil de desenvolver, é mais cara, nem todos podem pagar. Esperamos que tenha sucesso", concluiu.