Rússia revela documentos sobre tropas estrangeiras no Exército Vermelho

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Às vésperas do Dia da Vitória, quando o mundo comemora os 70 anos da vitória soviética sobre a Alemanha nazista, o Ministério da Defesa da Rússia publicou uma série de documentos previamente secretos sobre a criação, na URSS, das unidades militares estrangeiras que lutaram ao lado do Exército Vermelho.

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"Os documentos publicados refletem a história da criação das unidades tchecoslovacas, iugoslavas, romenas, búlgaras, húngaras e polonesas que formavam parte do Exército Vermelho", afirma a declaração ministerial, publicada na página oficial da pasta.

Entre os materiais revelados se encontram documentos que tratam da criação do célebre Regimento Normandie-Niemen da Força Aérea francesa, que lutou contra os nazistas ao lado das tropas soviéticas até o final da guerra na Europa.

O dossiê também revela, por exemplo, que mais de 80 mil voluntários poloneses combateram no Primeiro Exército da Polônia, criado em território da URSS.

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No total, o Ministério da Defesa russo publicou mais de 250 documentos, incluindo relatórios, acordos, comunicados, telegramas, cartas e descrições de combates.

"Os materiais publicados dão continuidade à atividade da organização militar para a defesa e a proteção da verdade histórica e neutralizam as tentativas de falsificar a História e de distorcer os resultados da Segunda Guerra Mundial", afirma a nota do ministério russo.

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Ultimamente, diante das tensões exacerbadas entre a Rússia e o Ocidente devido à crise na Ucrânia, tem sido cada vez mais frequente o pronunciamento de líderes e autoridades estrangeiras que procuram igualar o comunismo ao nazi-fascismo e diminuir ou anular retoricamente o papel decisivo do Exército Vermelho na vitória contra a ameaça nazista em 1945. 

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O Parlamento da Ucrânia, por exemplo, aprovou recentemente uma lei que proíbe qualquer manifestação dos regimes “comunista e nacional-socialista” no país, incluindo quaisquer usos dos símbolos soviéticos.  

Moscou tem chamado a atenção da comunidade internacional para esta tendência, bem como para as suas perigosas consequências políticas e sociais, particularmente no que se refere ao fortalecimento da ideologia neonazista na Ucrânia e em outros países do leste europeu. 

Uma recente pesquisa realizada pela ICM Research e pela Sputnik no Reino Unido, na Alemanha e na França mostra que apenas 13% dos entrevistados reconhecem o papel fundamental da URSS na liberação da Europa. No entanto, foi o Exército Vermelho que, sozinho, liberou mais de 120 milhões de pessoas em territórios hoje pertencentes a 16 países europeus independentes, além de ter participado na liberação de pelo menos outros seis países ao lado dos aliados.

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Apesar de tudo, Moscou segue firme na resolução de honrar a memória das 27 milhões de vidas soviéticas perdidas na grande batalha contra o nazismo (segundo números confirmados em comunicado oficial pelo ministro da Defesa do Brasil, Jaques Wagner). No próximo sábado, 9 de maio, a Rússia festejará os 70 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial e receberá líderes de todo o mundo para as solenidades oficiais em Moscou. 

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