O conteúdo da carta foi publicado no site da embaixada da Rússia na China.
"A China reprova totalmente o atentado terrorista contra o diplomata. Em nome do governo da China e do povo chinês, eu [Xi Jinping] expresso condolência profunda e peço para transmiti-la aos parentes de Andrei Karlov", destaca-se no telegrama.
"O crime cometido, sem dúvida alguma, não passa de uma provocação que deseja piorar a normalização das relações russo-turcas e busca dar um fim à regularização pacífica do conflito na Síria, que está sendo ativamente promovida pela Rússia, Irã, Turquia e outros países interessados na sua regulação. Há uma única resposta — o combate ao terrorismo deve ser reforçado. E os bandidos vão senti-lo", declarou Putin.
Nos últimos anos, as Foças Especiais da China e da Rússia cooperaram com sucesso na luta contra o terrorismo.
"Há uma série de manifestações do terrorismo, que estão relacionadas diretamente à China ou criam, pelo menos, desafios para a nação chinesa. A China não pode eliminá-las por si só. Isso é possível somente através da cooperação com a Rússia. Por outro lado, a Rússia, às vezes, não tem os recursos necessários, principalmente financeiros, para destruir bases terroristas. Portanto, acho que podemos encontrar possíveis áreas de cooperação, complementando um o outro e combinando os potenciais das forças dos dois países."
Revelou-se também que o responsável pelo ataque, após passar por treinamento na Síria, mudou-se para a Turquia, país onde explodiu o carro na embaixada da China em Bishkek. O homem-bomba mantinha ligações com o grupo terrorista internacional Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, que realiza atividades terroristas em Xangai, no Afeganistão e nas ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central.