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China aproveita isolamento dos EUA para reformar FMI e OMC, avalia especialista
China aproveita isolamento dos EUA para reformar FMI e OMC, avalia especialista
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De acordo com um especialista da Universidade de Cambridge, os Estados Unidos arriscam isolamento econômico ao insistirem em tarifas contra a China, enquanto... 01.12.2025, Sputnik Brasil
2025-12-01T12:58-0300
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Os Estados Unidos correm o risco de se isolar em um bloco econômico próprio ao insistirem em tarifas comerciais, segundo o professor William J. Hurst, da Universidade de Cambridge. Falando à Folha da S.Paulo, o especialista acredita que essa estratégia não conterá o protagonismo crescente da China, que encontra espaço para remodelar instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).Hurst afirma que Pequim não pretende revisar práticas criticadas pelo Ocidente, como a inundação dos mercados globais com produtos subsidiados. Em sua avaliação, "deixar de manter essas políticas pode, a curto prazo, levar ao colapso da economia chinesa". A prioridade do governo é evitar uma crise política interna, mesmo que isso mantenha tensões comerciais.Ainda segundo a apuração, o especialista considera que as tarifas norte-americanas têm dois objetivos: proteger a indústria doméstica e pressionar parceiros comerciais a fazer concessões. No entanto, ele avalia que a medida é ineficaz contra a China, que possui mercados alternativos mais relevantes, como a Asean, grupo de países do Sudeste Asiático.A disputa comercial, segundo Hurst, fortalece a imagem da China como parceiro confiável, em contraste com os EUA. Pequim busca aproveitar esse momento para reformar regras e estruturas das instituições internacionais, onde ainda tem pouca representação proporcional ao seu peso econômico.O professor lembra que a crise de 2008 enfraqueceu países ocidentais e ampliou a ansiedade diante da ascensão chinesa. Incidentes de alegada interferência política em países como Austrália e Canadá também contribuíram para que a China fosse vista como ameaça, embora sua retórica atual seja mais branda e voltada à cooperação.Historicamente, a China passou de "contestadora" da ordem global até os anos 1970 para "integradora" das regras internacionais nas décadas seguintes. Agora, segundo Hurst, Pequim entende ser o momento de moldar novas instituições e atrair aliados por meio de discurso conciliador.O especialista alerta que a política americana pode levar os EUA a um isolamento prejudicial, enquanto países do Sudeste Asiático não têm como se desvincular da China devido à proximidade geográfica e à dependência econômica. "O risco é que os Estados Unidos acabem em um bloco de si mesmos, com mínima integração a redes maiores", afirma.
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China aproveita isolamento dos EUA para reformar FMI e OMC, avalia especialista
12:58 01.12.2025 (atualizado: 18:19 01.12.2025) De acordo com um especialista da Universidade de Cambridge, os Estados Unidos arriscam isolamento econômico ao insistirem em tarifas contra a China, enquanto Pequim busca reformar instituições como FMI e OMC, sem abandonar políticas internas que inundam mercados globais com produtos baratos.
Os Estados Unidos correm o risco de se isolar em um bloco econômico próprio ao insistirem em
tarifas comerciais, segundo o professor William J. Hurst, da Universidade de Cambridge.
Falando à Folha da S.Paulo, o especialista acredita que
essa estratégia não conterá o protagonismo crescente da China, que encontra espaço para remodelar instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Hurst afirma que Pequim
não pretende revisar práticas criticadas pelo Ocidente, como a inundação dos mercados globais com produtos subsidiados. Em sua avaliação, "
deixar de manter essas políticas pode, a curto prazo, levar ao colapso da economia chinesa". A prioridade do governo é evitar uma crise política interna, mesmo que isso mantenha tensões comerciais.
Ainda segundo a apuração, o especialista considera que as tarifas norte-americanas têm dois objetivos:
proteger a indústria doméstica e pressionar parceiros comerciais a fazer concessões. No entanto, ele avalia que a
medida é ineficaz contra a China, que possui mercados alternativos mais relevantes, como a Asean, grupo de países do Sudeste Asiático.
A disputa comercial, segundo Hurst, fortalece a imagem da China como parceiro confiável, em contraste com os EUA. Pequim busca aproveitar esse momento para reformar regras e estruturas das instituições internacionais, onde ainda tem pouca representação proporcional ao seu peso econômico.
O professor lembra que a crise de 2008 enfraqueceu países ocidentais e ampliou a ansiedade diante da ascensão chinesa. Incidentes de alegada interferência política em países como Austrália e Canadá também
contribuíram para que a China fosse vista como ameaça, embora sua retórica atual seja mais branda e
voltada à cooperação.
Historicamente, a China passou de
"contestadora" da ordem global até os anos 1970 para "integradora" das regras internacionais nas décadas seguintes. Agora, segundo Hurst, Pequim
entende ser o momento de moldar novas instituições e atrair aliados por meio de discurso conciliador.
O especialista alerta que a política americana pode levar os EUA a um isolamento prejudicial, enquanto
países do Sudeste Asiático não têm como se desvincular da China devido à proximidade geográfica e à dependência econômica. "O
risco é que os Estados Unidos acabem em um bloco de si mesmos, com mínima integração a redes maiores", afirma.
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