Panorama internacional

OTAN decide reforçar controle no Ártico e está considerando um centro de operações aéreas combinadas

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) está estudando a ideia de criar um centro conjunto de controle de operações aéreas no Ártico para conter a Rússia, disse o comandante da Força Aérea dos EUA na Europa e na África, general James Hecker, citado pelo portal Defense One.
Sputnik
Segundo Hecker, a OTAN pretende aproveitar a adesão ao bloco militar da Suécia e da Noruega para realizar operações no Ártico, onde "a Rússia tem aumentado sua atividade".
"Vamos explorar essa estreita relação entre as nações do Ártico. [...] Acho que provavelmente teremos um terceiro centro de operações aéreas conjunto lá em breve", disse Hecker durante um painel de discussão com representantes das forças aéreas da Suécia e da Noruega.
A OTAN já possui centros de operações aéreas conjuntos na Alemanha e na Espanha.
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Hecker acrescentou que o general Christopher Cavoli, comandante-chefe das Forças Armadas conjuntas da OTAN na Europa, concordou em princípio com a ideia.
Ele especificou que a proposta ainda precisa ser apresentada à liderança da aliança.
O general acrescentou que ainda não se sabe onde exatamente o centro de controle será localizado.
Além disso, ele confirmou que a Força Aérea dos EUA já está fazendo experiências com os drones MQ-9 Reaper e Global Hawk acima do Círculo Polar Ártico para melhorar a consciência situacional.
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Luta pelo Ártico

O assessor presidencial russo e presidente do Colégio Marítimo, Nikolai Patrushev, disse no início de setembro que Washington e seus aliados estão agravando a situação ao longo das fronteiras da Rússia.
De acordo com ele, os Estados Unidos embarcaram em um curso de militarização do Ártico.
Em julho, o Pentágono publicou uma versão atualizada de sua estratégia para o Ártico.
O documento mostra que o departamento pretende realizar exercícios militares na região de forma independente e em conjunto com aliados para demonstrar a capacidade de combate e a interoperabilidade.
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Além disso, Washington pretende cooperar com empresas industriais e povos do Alasca para fortalecer as forças de dissuasão na região.
A estratégia também mostra que os Estados Unidos e seus aliados pretendem colocar em serviço mais de 250 aeronaves de combate modernas capazes de realizar operações no Ártico até 2030.
Em maio, o presidente russo Vladimir Putin e o presidente chinês Xi Jinping assinaram uma declaração conjunta dizendo que Moscou e Pequim vão apoiar a preservação do Ártico como uma região com baixas tensões militares e políticas.
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