Durante entrevista à rádio argentina Rivadavia, Milei garantiu que a vitória de Trump permitiria "progredir em maiores acordos comerciais com os Estados Unidos, da mesma forma que estamos avançando com a China".
Um balão de ensaio
"A ideia de um TLC é mais uma expressão do desejo de construir aquela narrativa do vínculo especial que existe entre a Argentina e os EUA do que uma realidade que seja realmente propícia", afirmou Porcelli.
Estagnação do Mercosul?
"Milei irá à cúpula do Mercosul com o poder da cúpula da CPAC, então certamente criará um cenário de confronto, especialmente com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva", disse Porcelli.
O risco de negociar bilateralmente
De qualquer forma, o especialista considerou que o nível de confronto sobre a exigida "flexibilidade" do bloco regional dependerá também "da capacidade do Brasil de conter e impor os ritmos da agenda" e de como vão jogar "os atores econômicos que têm sido os beneficiários do Mercosul", geralmente os setores industriais argentino e brasileiro, geralmente contrários à assinatura de acordos de livre comércio.
"Uma vez possibilitada a possibilidade de negociação bilateral, a CAN desapareceu como espaço de gestão de acordos comerciais e de cogestão nas negociações internacionais", alertou.